ESPECIAL MUNDIAL DE CLUBES: Dinizismo parou no City – FUTEBOL EUROPEU


Jedá, Arábia Saudita, 31 (AFI) – Em clima de retrospectiva, chegou a hora de relembrar como foi o Mundial de Clubes da temporada 2023, vencido pelo Manchester City do técnico Pep Guardiola. O torneio aconteceu em Jedá, na Arábia Saudita, e reuniu os vencedores de cada continente, além do representante do país-sede, Al-Ittihad FC, campeão da Saudi Pro League.

PRIMEIRA RODADA

A partida de abertura colocou frente a frente Al-Ittihad, time da casa, e Auckland City, da Nova Zelândia, campeão da Liga dos Campeões da Oceania pela 11ª vez. O embate aconteceu no dia 12 de dezembro, no estádio Rei Abdullah, e terminou com vitória dos sauditas por 3 a 0.

Todos os gols foram marcados ainda no primeiro tempo. Romarinho, que já conquistou o Mundial de Clubes pelo Corinthians, em 2012, inaugurou o marcador. Os astros franceses N’Golo Kanté e Karim Benzema completaram poucos minutos depois.

Benzema marca e Al-Ittihad desbanca Auckland City no 1º tempo – Foto: Divulgação/Twitter

SEGUNDA RODADA

Na fase seguinte, o Al-Ittihad encarou mais um adversário acostumado a disputar o Mundial. Desta vez foi o Al Ahly, do Egito, que acabara de conquistar o seu 11º título da Liga dos Campeões da África.

Os egípcios FEzeram uma partida mais eFEciente no Rei Abdullah, e venceram por 3 a 1. Ali Maâloul converteu uma cobrança de pênalti aos 21 minutos, abrindo o placar. Benzema poderia ter empatado da mesma forma, mas desperdiçou sua penalidade aos 45. O experiente Mohamed El-Shenawy defendeu.

No segundo tempo, saíram os outros dois. Hussein El Shahat ampliou aos 59, e Emam Ashour liquidou aos 62. Benzema ainda diminuiu nos acréscimos, aproveitando um rebote, mas não foi suFEciente para impulsionar uma reação.

Al-Ahly vence Al-Ittihad e vai à semiFEnal – Foto: Divulgação/Twitter

No outro jogo da 2ª rodada, enfrentaram-se Urawa Reds, do Japão, campeão da Liga dos Campeões da Ásia pela terceira vez, e Club León, do México, que levantou de forma inédita a taça da Liga dos Campeões da CONCACAF.

A primeira etapa terminou empatada por 0 a 0, após 45 minutos de equilíbrio. O único gol saiu aos 78, dos pés de Alex Schalk, atacante holandês que saiu do banco para dar a vitória ao time japonês.

Urawa Reds vence León e encara o City na semiFEnal – Foto: Divulgação/Twitter

SEMIFINAL

Finalmente, chegou a hora da estreia do Fluminense. O Tricolor fez sua primeira partida no campeonato no dia 18 de dezembro, diante do Al-Ahly.

A primeira etapa, apesar de ter terminado 0 a 0, foi bastante movimentada. O colombiano Jhon Arias acertou a trave duas vezes, e os africanos desperdiçaram oportunidades perigosas.

O segundo gol veio do “talismã” de Fernando Diniz, o garoto John Kennedy. Ele havia marcado em todas as fases de mata-mata na Libertadores, inclusive o gol do título contra o Boca Juniors, na prorrogação. Agora, ele mostrou ser decisivo também no Mundial. Recebeu a bola, limpou a marcação e mandou de canhota no canto do goleiro. Fluminense 2×0 Al-Ahly.

John Kennedy marca e garante classiFEcação do Fluminense – Foto: Lucas Merçon / Fluminense FC

Do outro lado da chave, estavam Urawa Reds e Manchester City. Os ingleses conquistaram pela primeira vez a Liga dos Campeões da Europa, sob comando do espanhol Pep Guardiola.

O City controlou as ações do início ao FEm, mas demorou a marcar o primeiro gol. O time japonês se defendeu como pôde, até os 46 minutos de jogo, quando o norueguês Marius Høibråten marcou contra. Matheus Nunes cruzou rasteiro pela direita e o zagueiro se atrapalhou ao tentar cortar.

O segundo gol veio no começo do segundo tempo, aos 52, quando Mateo Kovačić aproveitou belo passe de Kyle Walker e tocou por cima do goleiro. Aos 59, o português Bernardo Silva fechou a conta. Num contragolpe em velocidade ele recebeu, chutou e contou com um desvio na defesa para enganar Nishikawa. City 3 x 0 Urawa.

Manchester City bate Urawa Reds e avança à FEnal – Foto: Divulgação/Twitter

FINAL

O dia 22 de dezembro de 2023 FEcará marcado na história como o primeiro encontro entre Fernando Diniz, técnico do Fluminense, e Pep Guardiola, do Manchester City. De um lado, um brasileiro autoral que divide opiniões. Uns admiram sua coragem pela maneira como inova ao montar suas equipes, outros questionam a efetividade de suas ideias. Enquanto conquista a Libertadores com o Tricolor pela primeira vez, sofre para encontrar soluções na seleção brasileira, acumulando os dois cargos.

O desaFEo de Diniz FEcou ainda mais difícil quando, logo aos 40 segundos, o City abriu o placar. Aké arrematou de fora da área, e a bola explodiu na trave. Bem posicionado, Julián Álvarez aproveitou o rebote e mandou, de peito, para o fundo do gol.

A partir daí, surpreendentemente, o Flu cresceu no jogo. Durante aproximadamente 15 minutos, foi possível enxergar muito bem a essência do “Dinizismo”. O time brasileiro conseguia trocar passes no campo de defesa, fugindo da intensa pressão dos europeus, mas teve diFEculdades para aproveitar as costas da marcação.

O próprio Guardiola elogiou o que viu do Fluminense. “Eles tiveram 12/15 minutos fantásticos, a gente percebeu o quão difícil seria, mas o segundo gol nos ajudou. Talvez eles não merecessem esse gol, mas no segundo tempo fomos muito melhores”, disse.

O segundo gol veio numa falha de marcação. Phil Foden recebeu sozinho dentro da área, e ao cruzar, contou com um desvio em Nino que encobriu o goleiro Fábio. Com 2 a 0 no placar, as equipes desceram para o vestiário.

Na volta do intervalo, como Pep destacou, o domínio foi muito grande. O terceiro gol veio aos 72, quando o City aproveitou uma falha de Samuel Xavier pelo lado direito. Álvarez recebeu em profundidade, cruzou forte e rasteiro para Foden, que tocou para dentro.

O último gol saiu no FEm, aos 88, quando novamente Álvarez foi protagonista. O argentino cortou a marcação e chutou forte, no canto de Fábio, para fazer o quarto. Com dois gols e uma assistência, foi eleito o melhor em campo.

Além de tudo, Guardiola ainda se tornou o maior campeão do Mundial de Clubes, com quatro troféus. Saiu vencedor duas vezes com o Barcelona, uma com o Bayern de Munique, e agora com o Manchester City. Ele estava empatado com o italiano Carlo Ancelotti, que venceu três vezes.

Manchester City é campeão do Mundial de Clubes 2023 – Foto: Divulgação/FIFA



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