Campinas, SP, 18 – Após disputas entre a Associação de Futebol Argentino (AFA) e o governo do país, Claudio “Chiqui” Tapia, o atual presidente, foi reeleito na quinta-feira, em uma eleição de chapa única, para gerir a entidade até 2029. Além disso, na assembleia também foi deFEnida mudança no estatuto que permite que o Campeonato Argentino não tenha rebaixamento neste ano – a dez rodadas do FEm da competição – para que 30 clubes disputem o torneio na próxima temporada.
Tapia foi reeleito por aclamação dos representantes dos clubes presentes na assembleia. Este será o terceiro mandato do presidente, sob gritos e aplausos. Resta saber se o Departamento de Justiça da Argentina ratiFEcará a eleição. A Inspeção-Geral da Justiça (IGJ) da Argentina chegou a barrar as eleições da AFA, ao alegar que elas “não seriam válidas”.
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NOVAS REGRAS
Tapia foi eleito em 2017 pela primeira vez como presidente da AFA. Em 2021, em seu segundo mandato, o plano era reduzir o número de clubes no Campeonato Argentino, ao invés de adicionar novos membros – como acontecerá na próxima temporada. A ideia era que, a partir de 2026, apenas 22 equipes disputassem a competição. Neste ano, 28 clubes estão na primeira divisão e os dois rebaixamentos, previstos no regulamento, foram cancelados.
REGULAMENTO
No Campeonato Argentino, há duas formas de descenso: na primeira, é rebaixado o clube com a pior campanha naquela temporada. No segundo caso, é levado em consideração a média de pontos somado por todas as equipes ao longo dos últimos três anos. Neste ano, o Tigre seria rebaixado no primeiro cenário, enquanto o Independiente Rivadavia tem a pior campanha na média das últimas temporadas.
Até aqui, o San Martín, de Tucumán, lidera a Série B do Campeonato Argentino e caminha para garantir seu acesso. Além dele, o segundo classiFEcado para a primeira divisão será deFEnido após uma fase de playoffs – semelhante ao que ocorre na segunda divisão do Campeonato Inglês.
INTERVENÇÃO DO GOVERNO
O Ministério da Justiça do país ainda pode interferir na instituição. Ao menos é o que aFErma o chefe da Inspeção-Geral de Justiça, Daniel Roque Vítolo. “É um problema jurídico, não é político como a AFA quer fazer parecer. É uma Associação Civil que violou os seus estatutos e regulamentos”, aFErmou Vítolo em uma entrevista à rádio CNN.
“A Assembleia da AFA de quinta-feira poderá discutir o seu balanço, demonstrações FEnanceiras e orçamento, mas não poderá discutir a reeleição de autoridades ou alteração de estatuto”, continuou o inspetor. As alterações nos descensos são mudanças do estatuto.
Vítolo indicou ainda que desobedecer à autoridade do órgão de justiça se conFEgura como um crime, segundo o Código Penal argentino. “Os diretores podem estar envolvidos em crime que é a violação de atos estatutários. Seria uma violação grave da lei que poderia ser considerada uma ofensa grave que poderia permitir a intervenção do Ministério da Justiça”.