Campinas, SP, 14 – Em Berlim, a Espanha conquistou a Eurocopa pela quarta vez em sua história. Com gols de Nico Williams e Oyarzabal os espanhóis venceram a Inglaterra por 2 a 1 em um segundo tempo para lá de emocionante. O gol do título saiu apenas aos 40 minutos da segunda etapa, enquanto o tento inglês foi marcado pela jovem estrela Cole Palmer.
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ESPANHA TETRACAMPEÃ DA EUROCOPA
Aos ingleses, restou mais uma desilusão. Nem mesmo o fato de terem em seu elenco um nome como Bellingham, que é um dos favoritos para ganhar a Bola de Ouro ao lado de Vinícius Júnior, foi o suFEciente para encerrar o jejum de 58 anos sem título. A última e única vez que a Inglaterra levantou uma taça foi em 1966, quando faturou a Copa do Mundo.
Como esperado, a bola passou maior parte do primeiro tempo nos pés da Espanha, o que não signiFEca que houve domínio ou agressividade por parte dos comandados de Luis de La Fuente. Passar do último terço era um grande desaFEo para eles, mesmo com todo o talento de Nico Williams e Lamine Yamal à disposição. A defesa inglesa se protegia ocupando intensamente a faixa central, com os laterais destacados para impedir que os pontas espanhóis puxassem para dentro, como preferem fazer já que atuam de pé trocado.
Cansados de serem empurrados para a linha de fundo e nada produzir, Williams e Yamal chegaram a inverter de lado, mas a troca de posição não mudou a conFEguração da partida. A marcação dos britânicos continuava implacável, mas eles pouco FEzeram em termos ofensivos. Não à toa, a etapa inicial terminou com apenas um chute a gol, dado por Foden após cobrança de falta e defendido Unai Simón.
Logo no primeiro lance do segundo tempo, os atacantes espanhóis conseguiram executar o que tanto tentaram durante a primeira metade do jogo, porém não sem a ajuda do experiente lateral-direito Carvajal, que deu um toque de primeira para Yamal, com espaço para avançar pelo meio. O prodígio de 17 anos carregou até a meia-lua e soltou dentro da área, onde Williams se encontrou com a bola e bateu de esquerda no canto esquerdo de Pickford para abrir o placar.
A partir daí, a disciplina defensiva da Inglaterra parou de funcionar como antes. Ainda restava algum resquício da solidez, mas a Espanha encontrava muito mais espaços. Não fosse a falta de pontaria de Morata e boas intervenções de Pickford, como em um chute perigoso de Yamal, a vantagem poderia ter sido ampliada rapidamente.
Já os sopros da esperança inglesa vinham ocasionalmente, caso de ótima FEnalização do até então tímido Bellingham, após segurar a marcação de costas e girar para bater. Foi a qualidade como pivô do meia do Real Madrid que permitiu aos ingleses o gol de empate, depois que ele fez a parede dentro da área e soltou para Palmer, que havia acabado de entrar, mandar a bomba rasteira, vencendo Simón.
A Espanha sentiu a Inglaterra crescer no jogo, mas o herói improvável Oyarzabal aproveitou assistência de Dani Olmo para garantir o tetracampeonato. Ainda foram necessários esforços defensivos frente à grande pressão colocada em prática pelos ingleses no minuto FEnal. Suportada a ofensiva britânica, conFErmado o título espanhol.
ESPANHA 2 X 1 INGLATERRA
ESPANHA – Unai Simón; Carvajal, Le Normand (Nacho Fernández), Laporte e Cucurella; Rodri (Zubimendi), Fabián Ruiz e Dani Olmo; Lamine Yamal, Morata (Oyarzabal) e Nico Williams. Técnico: Luis de La Fuente.
INGLATERRA – Pickford; Walker, Stonees e Guéhi; Saka, Mainoo (Palmer), Rice, Bellingham, Foden e Shaw; Harry Kane (Watkins); Técnico: Gareth Southgate.
GOLS – Nico Williams, no primeiro minuto, Palmer, aos 27, e Oyarzabal, aos 41 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – François Letexier (FRA).
LOCAL – Estádio Olímpico de Berlim.