Campinas, SP, 17 – Em jogo com dois gols anulados de Lukaku, a Bélgica estreou com derrota na Eurocopa. No Deutsche Bank Park, em Frankfurt, a equipe belga jogou abaixo do esperado, falhou mais do que o esperado na defesa e acabou sendo superada pela Eslováquia por 1 a 0, nesta segunda-feira. A partida, contudo, FEcou marcada pela atuação excessiva do VAR, no segundo lance decisivo protagonizado por Lukaku, aos 40 minutos do segundo tempo.
Em apenas a sua terceira participação na Eurocopa, a Eslováquia obteve pela primeira vez a vitória numa estreia. De quebra, divide a liderança do Grupo E, com os mesmos três pontos da Romênia que, mais cedo, atropelou a Ucrânia. Já a Bélgica, acostumada a FEgurar na lista das favoritas nas últimas competições internacionais, passa em branco em sua primeira partida nesta Eurocopa.
Trata-se da primeira derrota da equipe sob o comando do técnico Domenico Tedesco. Até então, o substituto de Roberto Martínez estava invicto, numa série com 10 vitórias e quatro empates.
Como está se tornando frequente nesta Eurocopa, Bélgica e Eslováquia FEzeram um primeiro tempo acelerado, de muita correria e disposição desde os primeiros instantes. Neste ritmo, a Bélgica criou as primeiras chances, mas a seleção eslovaca se segurou bem. E ainda arriscou no ataque.
A tentativa deu certo com ajuda da defesa belga. Aos 7 minutos, Doku errou passe dentro da área e Schranz aproveitou para inaugurar o marcador. O gol precoce aumentou a concentração eslovaca, mais sólida em todos os fundamentos ao longo do primeiro tempo. O time soube se fechar na defesa sem abdicar do ataque, numa disciplina tática que ofuscou a Bélgica.
Contida em seus pontos fortes, a equipe belga era empurrada cada vez mais para trás, longe de alcançar o meio-campo, onde Kevin de Bruyne implorava pela bola. Os laterais também não ajudavam, o que contribuía para o controle da Eslováquia. Para piorar a situação da Bélgica, Lukaku desperdiçou chance incrível aos 41, numa rara escapada do ataque belga.
A situação mudou completamente no segundo tempo. Na volta do intervalo, a Eslováquia resolveu se arriscar mais no ataque, mesmo com a vantagem no placar. E a Bélgica tentou capitalizar. Aproveitando os espaços, criou seguidas chances de gol nos primeiros minutos, duas vezes com Lukaku. Numa das jogadas, aos 11, o atacante balançou as redes, mas o lance foi anulado por impedimento pelo VAR.
Sem a mesma apatia da etapa inicial, a seleção belga cresceu em campo e impôs forte pressão, cercando a área eslovaca. O gol de empate parecia questão de tempo. Aos 16, o lateral Hancko tirou em cima da linha, evitando a igualdade no placar. Mas a Eslováquia novamente se defendeu bem e saiu para o jogo.
Apostando nos contra-ataques, o time eslovaco voltou a deixar o jogo aberto e eletrizante. Lobotka e Suslov eram as referências da equipe, principalmente na contenção, enquanto Onana tentava ajudar na armação, com De Bruyne.
Nesta disputa, de correria e marcação, a Bélgica descolou rápido contra-ataque pela esquerda, enquanto a defesa eslovaca vacilou ao deixar Lukaku sem marcação dentro da área. Aos 40, o belga encheu o pé, saiu para comemorar e demorou para entender porque o VAR havia sido acionado. A arbitragem anotou toque de mão, involuntário, de Openda, no início da jogada, no momento de maior anticlímax da partida.
Os minutos FEnais acabaram sendo de intensidade total da Bélgica, em busca do empate. A Eslováquia, no entanto, concentrou toda sua seleção atrás da linha da bola e conFErmou o resultado histórico.
ROMÊNIA ATROPELA
Mais cedo, pelo mesmo grupo, a Romênia mostrou força ao fazer 3 a 0 na Ucrânia, do goleiro Andriy Lunin, do Real Madrid, e do lateral Zinchenko, do Arsenal. Impondo pressão desde o início na Allianz Arena, em Munique, a seleção romena abriu o placar aos 29, com Stanciu, após erro de Lunin na saída de bola. O gol implodiu a estratégia ucraniana de jogar na retranca, à espera do contra-ataque.
Antes do intervalo, a Romênia criou duas boas chances para ampliar o marcador, com direito a bola no travessão. No segundo tempo, a partida foi resolvida num intervalo de quatro minutos. Aos 8, Marin anotou o segundo e Dragus fechou o placar, aos 12. A etapa ainda foi marcada pela invasão de um torcedor, sem maiores consequências para o jogo.